Avaliação do candidato
Deve ser feita avaliação clínica, estado de saúde do paciente, possibilidade de sofrer anestesia geral, estresse físico, na história médica. Exames laboratoriais, estudo de imagens, exame oftalmológico (alterações visuais) em crianças surdas. Avaliação médica cardiológica, pesquisa de história familiar de morte súbita cardíaca na família. Requisitar, no caso, o eletrocardiograma para avaliar anormalidade associadas com a síndrome de Jervell-Lange-Nielson. Avaliação de doenças sistêmicas; auto-imunes; diabete melito; doentes imunodeprimidos após transplante de órgãos. Todos esses podem ser implantados, após avaliação cuidadosa, se estiverem controlados. Avaliação por imagem é realizada como no adulto, por tomografia computadorizada, para avaliar pneumatização da mastóide, espessura do osso parietal na área do implante, localização do nervo facial, do recesso do facial, anatomia e ossificação da cóclea, localização da Janela redonda, anatomia vascular (carótida, seio sigmóide e vias emissárias). Anormalidades cocleares e malformações devem ser identificadas no pré-operatório. A imagem de ressonância magnética também é muito importante. No caso de paciente pediátrico, a avaliação da expectativa dos pais, da condição social da família, a performance com o uso de AASI e adesão da terapia são aspectos importantes da avaliação da criança.
Sucesso do implante na criança
Para o implante coclear ter o máximo sucesso, a educação com comunicação auditiva oral, tradicional ou total, deve ser feita com ênfase na comunicação oral e desenvolvimento auditivo. A longo termo, o grau de sucesso na habilitação depende mais da idade precoce da criança implantada do que do tipo de implante. Outro fator importante é a criança participar de uma terapia auditiva forte, com base na oralidade e centrada na família. Nesse caso, há benefício máximo na percepção da fala e desenvolvimento da linguagem. A habilitação a longo termo continua essencial para crianças após a implantação coclear. O grau de sucesso alcançado na criança está relacionado com a idade de implantação e uso efetivo de habilitação auditiva.
O treinamento precoce em linguagem de sinais está associado com melhoras lingüísticas pobres.
Os resultados têm mostrado melhora na performance nos últimos 2 anos. Crianças mais jovens implantadas têm melhor desempenho. Crianças maiores de 5 anos beneficiam-se mais do que com AASI, entretanto, menos do que as crianças com implante coclear em idade menor.
Na maioria das crianças, o implante coclear e terapia oral promovem desenvolvimento da linguagem falada, além daquele possível de ser alcançado com AASI. Crianças implantadas aos 12 meses aprendem linguagem na mesma velocidade de crianças ouvinte de idade similar.
Tópicos
- Introdução
- Características dos Implantes Cocleares
- Indicação do Implante – Critérios Audiológicos
- Equipe do Implante Coclear
- Plasticidade e Maturação Auditiva
- Avaliação Pré-operatória
- Cirurgia
- Aspectos Clínicos da Implantação: Avaliação detalhada
- Capacidade de Percepção da Fala em Crianças Implantadas
- Considerações sobre Implantação Coclear Pediátrica
- Possibilidades Futuras de Implantes Cocleares
- Leitura Recomendada